quinta-feira, 4 de abril de 2013

Negação?

É, meu amigo... talvez estejamos mesmo é com medo desse abandono do caos, dos tantos estímulos. O que será da vida sem eles? sem isso?

Porque não negamos, ao menos ainda, que tantas coisas aqui sejam legais, o que questionamos é: pra que?

Sim, eu posso gozar com você, mas pra que? Só pelo prazer de gozar? Mas existem tantas outras formas pra eu gozar que não me desgastam tanto, ao contrário, me preenchem.

E não digo pra você não gozar assim, até porque entendo esse seu prazer, só não o quero mais. E sinto medo desse não querer, porque ainda não estou certa dessa coisa que ainda abstratamente quero.

Ao mesmo tempo que me acho na negação, em descobrir o que não quero, isso ainda também significa aceitar um rótulo (pras coisas que nego, o que elas fazem ou fariam de mim) e talvez seja isso que ainda me incomode e me afaste de quem sabe tentar olhar mais de perto e me experimentar ali.

Talvez o problema seja levar tudo à sério, levar a si mesmo e a vida tão à sério. Dar valor é uma coisa, levar à sério é outra e que não quero, pois é pesado... fazemos ser.

O problema é que talvez ainda precisemos da desculpa dos estímulos para justificar o que queremos sem precisar, como se a culpa ainda fosse do outro de eu querer tanto consumir e me perder do meu essencial. Mas há quanto tempo o homem busca formas de se perder? de fugir de si mesmo? e depois de se achar.. e assim vai? E por que isso ainda gera tanta culpa, tanta crise em nós? Tanto medo? Tanta necessidade de desculpas?

Somos tão bobos, tão estranhos...

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