terça-feira, 26 de novembro de 2013

Work in progress

Estou trabalhando em cima de um poema que escrevi há um tempo chamado "Wondering you", para uma coreografia que criarei em Janeiro, mas já tenho escrito uma música e uma ideia de video, para inspirar outros processos criativos...

Aqui uma foto do poema trabalhado visualmente, e o video experimental com a música que fiz até o momento...

Working on a poeam I wrote som e time ago called "Wondering you" (posted here). The final work will be a choreography and possibly and animated movie... Here's a video to inspire the process filmed in my room and the sound track is the music I've been creating... It's just the beginning! :).

The video: http://www.youtube.com/watch?v=-7ND4-45_GQ

The poem:


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A Vitória contra a Barata

De repente, no momento em que se perde o medo é que tudo parece claro apesar de caótico, bem lá no fundo da sua mente e suas sensações. É quando você se sente completa, corpo e mente, sem poder entender só com um ou outro separadamente, e  sem conseguir explicar com palavras. Nesse momento você se cala, chora e deixa a transformação acontecer dentro de você... E então volta pra vida, de verdade, um pedaço mais completa.
Tive medo da morte desde quando me deparei com ela a primeira vez, aos 8 anos, e ainda a temo. Temo perder as pessoas que amo e temo perder a minha própria vida, pois sou jovem e tenho muito a realizar ainda. E acho que sempre terei esse medo em mim, como não?
Uma vez li sobre como nossos medos nos moldam e concordo com isso. Eu sempre tive muitos medos e acho que o que me fez diferente de tantas pessoas que me rodearam é que eu sempre tive gosto por desafiá-los, por desafiar a mim mesma a superá-los. Gosto de desafios, preciso deles pra me sentir viva, por isso os busco, busco caminhos novos, busco o que não entendo, o que me escapa... Isso me move, a curiosidade o querer entender, o querer viver. Por isso acho que nunca superarei o medo da morte.
Mas alguns outros já superei, como meu medo de baratas. A maior prova disso não é só que eu consegui matar algumas baratas já, mas também porque eu consegui ler Paixão Segundo G.H., da minha amada Clarice Lispector, até o fim. Que conquista valiosa.
O que isso significa? Que eu perdi o medo de algo que eu nem sei bem o que é, mas que me assombrava e me fazia chorar só de ver uma barata, a “personificação” de um pavor sei lá do que ou por que. Talvez um acúmulo de medos. Será?.. 
É muito estranho como cada pessoa escolhe inconscientemente alguma coisa onde colocar todos os seus medos e criar o pânico de algo sem sentido ou explicação, tipo borboletas, ou gatos, ou nuvens, ou baratas. O ser humano é bizarro, ou diria que é muito interessante exatamente por isso.
Eu tenho em minha história dois episódios muito traumáticos pra explicar meu pavor de barata, mas nenhum pra explicar realmente o pânico. Mas acho que a libertação dele foi bastante simbólica, abriu um novo momento meu, de mais coragem e confiança em mim mesma. Como eu acabei com esse pânico? Bom, um dia eu percebi o quão sem sentido era e me lembrei de alguns métodos que tinha ouvido falar, sobre como parar de ter medo de algo. O que chamou minha atenção era um que você devia olhar fotos da coisa temida e uma hora ia passar... achei muito estranho e agressivo, mas escolhi esse método para tentar.
Abri o google e teclei barata, aí li umas coisas evitando focar nas imagens e percebendo algumas coisas que faziam eu ter tanta raiva delas, é raiva. Uma conclusão que cheguei aos poucos foi que elas sempre apareciam para me assombrar à noite, a única hora em que eu estava sozinha, em um momento precisoso só meu (a única “zumbi” da casa, como dizia a minha mãe). Eu sempre dividi quarto com minha mãe, então não tinha aquele privilégio que outras pessoas tiveram de estar só no meu quarto, de fechar a porta e ter o meu mundo... a sala de TV de madrugada era o meu mundo, o meu momento.
E então de repente aquele ser maldito nojento surgia e atrapalhava tudo! Se era voadora então, aí não tinha como nem tentar fingir que eu não estava com medo, tinha que pedir ajuda de alguém, tinha que me entregar, que escutar bronca, enfim, acabava tudo.
Animais de hábito noturno, ok, eu também. Solitários, ok, eu também. Grupo cosmopolita, nossa, sonhava com grandes cidades. São onivoras, eu também. São animais como tantos e tantos existentes, mas qual o sentido da existência desses seres horríveis? Bem, e qual o sentido da vida de qualquer outro, tipo o ser humano?
OK, vou focar em olhar as fotos... Nossa, são várias formas e até cores, nossa, que interessante, apesar de nojento... Alguns minutos olhando e lendo tudo aquilo e de repente entendi que aquilo era apenas mais um ser vivo e que fazia sentido eu ter nojo, ok, mas não havia razão alguma para o pânico, então em vez de surtar com as baratas, achei mais inteligente começar a buscar em mim quais eram meus reais medos e encará-los de frente, como as fotos das baratas.
Apesar de saber o tamanho do problema que estava comprando, me senti bastante aliviada e dona de mim com isso. E quando matei uma barata com toda raiva por ela estar interrompendo meu momento de solidão e criação, me senti uma verdadeira vencedora. Venci a batalha pela primeira vez! Que orgulho!
Mas não foi a primeira batalha que venci, ainda bem, pois nesse momento já tinha 28 anos. Mas foi uma batalha tão marcante que gerou todo um processo interno de mudanças. A partir desta "chavinha girada" e eu sigo olhando nos olhos de cada medo e chamando ele pro ringue!

E eu dedico essa coragem ao meu avô, que me ensinou desde cedo que na vida é preciso força e coragem! Acho que está orgulhoso de mim! <3 span="">

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Wishing

I wish you come
I wish you want
I wish you love
as I do love you

I wish you move
I wish you need
I wish you have
to be that close to me

I wish you fell
me wishing you
And wish I was
just what you've ever thought!

Then wonder you coming,
you moving and meeting
me here on the other side
loving me just like I love you.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sweet Love Affair



Momento own... apenas um primeiro rabisco de ideias (não originais) que tenho há tempos sobre linguagem, música, dança e poesia.. isso foi só pra lembrar que eu não sei desenhar, mas é a sementinha que ta começando a querer brotar de alguma conexão de neurônios que nem sei... hahaha..

Eu - colagem


*Feita para aula de Dança Moderna. Colagem com coisas que eu gosto.

Fall for you...






domingo, 22 de setembro de 2013

Amplo horizonte

Ser novo em amplos horizontes
de desafios que lhe impulsionam
a quem realmente quis ser

As cortinas se abrem
apenas para você respirar
novos ares e conquistar

Não mundos distantes
não quem pensou amar
mas o seu mais essencial

Seu sonhar ganhou mais asas
seu caminhar mais chão
sua mente se liberta finalmente...

This is who I am now
do you like it?
I don't care
I don't mind
'cause I am mine

I'm here just to live my own life
I must hurry 'cause time goes by
and if I stand still
I won't catch the breeze and fly

...high in the sky
look what I found out
I'm a cloud, not a clown
I'm free either to fall down

But I won't stop myself
no more,
never more,
'till the day I die
or maybe further on

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nas nuvens...

Nas nuvens

é o meu lugar

é onde amo estar

é onde posso sonhar

                                   Nas nuvens
é macio
                        é leve
é claro
            e doce

Nas nuvens
.......................................viajo....................................

Nas nuvens meu coração dança,
                                                    minha voz canta
e eu
me calo


Nas nuvens,
no espaço


em branco


saltito,       crio,        vivo,         plena.

Nas nuvens amo

                    amo tudo, o mundo
                                                            amo me transcender
                                         
                                               do humano

                       simplesmente

ser.

Quem sabe?

Vazia
mas cheia de vida e desejos
Perdida
sem certeza alguma
Calada
com medo das sílabas
Precisa
sem saber por que

Buscando
retomar sonhos
Andando
em direções dispersas
Voltando
ao ponto de partida
Quem sabe
finalmente se achando?

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Poética momentânea de vida

Fui aquela que acreditou... que eu seria tantas coisas... que conquistaria mundos... que seria querida por tantos... que seria amada loucamente por um...

Que a vida é agora, que a festa é a resposta, que dançar é se elevar, que não poderia me entregar... Que lutar era a condição, que vencer era quase ilusão, que cair e depois se levantar era algo extraordinário demais para mim.

Que a familia era tudo... e depois era nada... e depois era complicada... e então que é a única, como é. Que os amigos vinham e se iam, porque eu fui embora tantas vezes, e aprendi a abandonar e a superar, e vi que amigos mesmo eram poucos. E que eu também não fui bacana muitas vezes.

Porque todos mudamos, porque nos tornamos mais solitários, porque a vida nos marca fundo e porque as certezas ficam cada vez mais escassas. Porque eu já não quero muito mais, porque não acredito em muito mais, porque não amo muitos mais, porque não sou muito mais... Sou uma vida dentre muitas, mas sozinha por condição. Sou mais uma que busca amor, e que deseja paz e crescente superação.

Já desejei uma cama grande de casal, hoje apenas busco o companheiro. Já desejei um ótimo emprego, hoje não quero ninguém me mandando. Já desejei mudar tanta gente, hoje só quero que sejam felizes. Já desejei morrer, hoje temo a morte mais do que viver.

Sinto falta de tanta gente que se foi, ou que ficou pelo caminho... e parece que minha condição é ter saudade. E raramente me reconhecer no espelho.

Tive medo do que pensariam de mim, hoje tenho mais medo do que eu penso sobre eu mesma e o mundo. Tive medo de me interditarem, hoje busco conhecer e aceitar meus limites. Depois de tantas opiniões, hoje convivo com a indecisão. Depois de tantas desilusões, não me movo agora para nenhuma louca paixão.

Estou cansada e com muito sono. Estou exausta de tanto medo... do que eu quero ou do que eu não quero
do que eu faço ou do que eu não faço, do que eu sou ou do que eu não sou... e dessa inconstância que me acompanha há tempos.

Eu só queria me deitar com você. Só queria carinho e paz. Só queria me conhecer um pouco mais. Só queria dormir e não acordar mais dos sonhos tão mais interessantes que a realidade em que me encontro agora. Porque estou cansada e não sei por que te quero tanto.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Minha hipocrisia

Eu sou sua!
Tão sua que nem sei
quando parei de ser minha
e ter o controle do caminho

Abri mão da vontade
de liberdade infinita
pra não sei o que
ou para onde mesmo iria

Pros seus braços
de sincero amor e dor
da ausência minha
minhas fugas, meu pavor

A cegueira tapada e vã
Fingindo não querer ir
E sendo cada vez mais
Sua, só sua, intensamente

Dolorosamente distante
vomitando ainda em sua cara
minha sincera imaturidade
tardiamente sua.

Agora me falta ser minha
Mentira que tanto lhe contei
e acreditei ser dona
da vida, de mim, de você

Hipócrita, sim, por me achar
mais madura ou esperta
tentando nos controlar e cansando
a você e a mim... da vida.

Paulo Britto

Sempre me lembro dessas poesias que li na faculdade e mexeram de verdade comigo.. então hoje, relendo mais uma vez, resolvi compartilhar. Acho que nunca postei-as aqui..

DEZ SONETOS SENTIMENTAIS
VII

A consistência exata dessa insônia,
a forma certa desse medo, o gesto
seco que rejeita essa necessidade
abjeta de se ser quem não se é -
a aceitação completa da vontade
insuportável de querer o que
se quer, a sede obscena de se tragar
o copo junto com a bebida - coisas
tão simples, que só pedem a paciência
sábia dos que aprenderam a se aturar,
a santa complacência de quem lambe
as próprias chagas e aprecia o gosto -
não por requinte de nojo, mas só
por nunca haver provado outro sabor.

DUAS BAGATELAS

I
O que conheço de mim
é quase só o que sei,
e o que sei é quase só
o que não quero saber.
resta saber se isso tudo
é só o começo ou se é o fim
ou - o que é pior que tudo -
se é tudo.

II
Então viver é isso,
é essa obrigação de ser feliz
a todo custo, mesmo que doa,
de amar alguma coisa, qualquer coisa,
uma causa, um corpo, o papel
em que se escreve,
a mão, a caneta até,
amar até a negação de amar,
mesmo que doa,
então viver é só
esse compromisso com a coisa,
esse contrato, esse cálculo
exato e preciso, esse vício,
só isso.

terça-feira, 23 de abril de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Saudade

Quando a única vontade é a de apenas estar ao lado daquela pessoa,
independente de qualquer condição, de qualquer dificuldade ou erros,
é quando eu começo a me questionar sobre o "ideal", que criamos o tempo todo
e nos perdemos do real, e então nos frustramos tanto..

Eu sinto falta de simplesmente estar próxima,
de ver você distraído e de repente me olhar e sorrir.
De estar distraída e de repente você chegar,
de estar com as portas abertas e nos tocarmos e sentirmos.

Sinto falta daquele abraço, da paz que ele nos gera.
De dizermos com os olhos a mesma coisa, sem querer, sem planejar.
E falarmos qualquer bobagem só para reforçar a cumplicidade
E podermos nos deitar tranquilos e felizes que nos encontramos.

Sinto falta das conversas apaixonadas por algum assunto,
E das tantas vezes que não concordamos e que nos instigamos.
Dos beijos debaixo da lua cheia e com copos cheios nas mãos,
Do coração surpreendido e do desejo de muito mais.

Sinto falta da tolerância, que pude sentir em mim com você
De dizer muito mais sim do que não, de aprender seu jeito de ser:
de respeitar e confiar, de querer e por isso dar liberdade e carinho tão juntos
de buscar a calma para curtir o momento, apesar do medo da saudade futura.

Sinto falta de te ver crescer e buscar se superar,
de tentar me poupar dos seus defeitos pra vivermos o que era bom,
de conseguir se abrir e me incluir no seu mundo, aos pouquinhos, no seu tempo
de me acolher e fazer eu me sentir tão sua, tão segura, tão querida.

Sinto falta de quando você me colocava em meu lugar
e me completava de uma forma mágica, em equilíbrio que nunca tive,
E de como eu queria tanto ser mulher e ser melhor sempre pra você,
De querer ser paciente e respeitar e conseguir profundamente te amar.

Sinto falta de você e de viver simplesmente
de sentir o mundo mais leve, de não me importar tanto com tudo,
de querer apenas seu olhar, seu suspiro, seu toque, sua companhia
... e poder ter.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O Surreal


Eu vivi tudo isso antes, em meus sonhos.. agora esse exato presente me parece surreal e ao mesmo tempo nada novo. O que choca a maioria das pessoas simplesmente não me afeta. A realidade faz parte de uma dimensão do caos tão ampla que não faz sentido você se chocar com nada. Por que alguma coisa não seria possível? Apenas demoramos demais pra perceber que aquilo era sim possível, fácil ou deveria ser feito, entende?

Às vezes chegamos a fases em que parece um limite, que fizemos tudo o que podíamos, a humanidade toda. Mas isso é tão bobagem que continuamos existindo e fazendo alguma coisa nova, mesmo que pequena, mesmo que no meio de tantas e tantas repetições.

Eu acho muito engraçado pessoas fazendo conjecturas sobre a importância e influência de fulano ou sicrano de épocas bastante diferentes, tentando compará-los, ranqueá-los em tentativas de organização. Isso é de uma tamanha bobagem! Como dizer que algo que você vive no presente é melhor, pior ou igual a algo que já se consegue ver com mais distanciamento? Deviam ao menos ter noção do quanto isso não faz sentido, que não conseguimos ter essa visão, que são opiniões, gostos, conjecturas pessoais e nada além.

Que tamanha dificuldade encaramos em simplesmente sermos mais um e fazer nossa parte para o crescimento geral, porque parece tão pouco. Mas não é, não para mim! E se nem isso conseguimos fazer, quem dirá grandes marcos históricos... bando de cretinos que somos! Ah, estou mesmo me sentindo agressivo, mau-humorado, descrente, sei lá mais o que.

(Respiro fundo)

E não é só com o que devemos trabalhar: o pequeno, cotidiano, apenas isso? Tão pouco e tão grande! Tão absurdamente difícil por ser tão simples, mas não em mentes tão complexas de nós seres humanos. Complexos e burros, caindo nesses loopings mentais idiotas. É, to falando de mim, mas vai me dizer que você não faz isso, nunca?

O fato é que diariamente acordo com um sentimento de tantas coisas vividas em sonhos, meus e dos outros, que nunca conseguiria viver tanto em tão pouco tempo na vida real. Isso me fascina! De certa forma é também minha vida real, porque se cada sonho me muda em essência, muda também meu ser real, aí muda minha relação com o mundo e então muda o mundo de certa forma, não é? E será que tem tanta importância diferenciarmos o real do sonho? Ou seria mais interessante admitirmos que vivemos exatamente no meio, realizando-nos em um e em outro, vivendo a nossa forma mais plena, pois como diz o filósofo francês Gaston Bachelard: imaginar será sempre maior que viver! Porra, esse cara é foda!

O que eu estou tentando entender agora é porque esse sonho me ocorreu... estranho... não sabia nem que esse assunto era importante pra mim e então aparece assim, de forma agressiva, como que arrombando minha mente, meu sossego noturno. Porra, vou ter que levantar e fumar um cigarro pra me acalmar e tentar entender que merda ta acontecendo comigo esses dias. Ou não durmo, ou tenho pesadelos. Minhas olheiras só aumentam, essa cara eterna de sono e de tédio. Tsss..tak. Uma latinha deve ajudar também! Minha última esperança pra essa noite maldita. Saúde!

Não deixa de ser divertido ficar na internet de madrugada! É cada coisa que você vê e lê. As pessoas se soltam mais quando a cidade pára. No quarto escuro e quieto esse bando de insones, como eu, pensam que tudo é segredo, mas tem um monte de gente sabendo... que ilusão! Todo mundo tem blog, fotolog, flickr, twitter, facebook, sei lá mais o que ta na moda, o caralho a quatro pra preencher o vazio existencial delas, pra parecer que alguém se importa com o que pensam, numa necessidade estúpida de dar satisfação da sua vida pra quem ta se lixando! Ta cada um ali preocupado com que você leia o que ele escreveu, e curta, e comente, e apoie  e foda-se você, foda-se o mundo, olha pra mim! Aqui ó! A melancia ta pequena? Poutz, o que que eu faço agora?

Sim, claro, existem muitas pessoas bacanas no mundo e buscando algo que faça mesmo sentido, que acrescente pro desenvolvimento do mundo de alguma forma... estão ao menos fazendo algo em que acreditam, se movendo... ainda bem! Ainda bem!!! Eu tenho lido coisas interessantes e repensado muito no que eu tenho feito, onde eu me encaixo... Eu tento de verdade sair do lugar, desse lugar que não anda nada confortável.

Eu? Sou só um babaca, raso, medroso, perdido, que sofre por não ser um gênio, mas sim mais um medíocre! E daí? Ao menos estou buscando ser mais sincero, talvez seja o começo pra alguma coisa melhor.. Mas ainda me sentindo pequeno demais, porque ser melhor do que quem me rodeia não é uma grande coisa, já que são minúsculos... Pois é, estou julgando todo mundo... e o pior: constatando que são piores que um grande idiota, eu... Isso não soa bem, soa?

E então como ir além? Como ser estimulado em meio à pobreza? Com quem trocar conjecturas de possibilidades de grandezas e miniaturas do homem e do mundo? Me sinto cada vez mais só e triste! Cada vez mais soturno e melancólico. E o pior é que isso me incomoda cada vez menos e cada vez mais me tranco em casa e temo as ruas.

Que mania essa de “trocar ideias”, que necessidade incômoda do outro... Eu acho ridículo ficar calado me achando melhor que o outro, mas acho ainda mais ridículo ver o ridículo dos sonhos alheios. Enquanto isso não saio do lugar, só falo, só reclamo, só fico sentado em frente à uma tela a porra do dia inteiro. No máximo saio pra andar um pouco, comprar cigarro, cerveja e alguma bobagem pra comer, ou só pra espiar a cidade, e voltar ainda mais irritado e descrente pra casa! E quando alguma coisa me deixa quase contente e estimulado é ainda pior, porque uma hora a ilusão morre e é mais um tombo.

Nossa, que delícia essa loira! Que site é esse? Vou salvar em favoritos! Wow! Certeza que essa aparece nos meus sonhos de hoje, se eu dormir, claro! Vou mandar um recado: Oi, gata! Quer tc? Não sei por que não pego ninguém! Quer dizer, de vez em quando umas minas caem na rede, tem muita piriguete nesses sites de relacionamento. Cada vez mais soltinhas! Eu adoro! É isso ae! Libera geral pro papai aqui!

Saudade da Carol... Ao menos riamos juntos e acreditávamos por instantes que havia alguma chance de sermos felizes. Apesar de tão perdidos na vida, os dois, a ilusão de estarmos construindo alguma coisa existia e me ajudava a de fato caminhar... Acho que eu também trazia uma certa paz pra ela, uma segurança, sei lá por que, mas ela me dizia isso... Dizia... Não sei nem onde ela está agora, só que não quer estar ao meu lado, merda.

Aaahhh... cansei... agora eu durmo! Ao menos vou me deitar de novo. Quem sabe eu sonho mesmo com uma gostosa, fazendo muita sacanagem comigo num lugar paradisíaco!? Vou tentar mais uma vez... O pior é que anda mais fácil ter pesadelos com qualquer merda que tenha me acontecido nesses anos de vida.

A vida anda dura. E os sonhos também.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Negação?

É, meu amigo... talvez estejamos mesmo é com medo desse abandono do caos, dos tantos estímulos. O que será da vida sem eles? sem isso?

Porque não negamos, ao menos ainda, que tantas coisas aqui sejam legais, o que questionamos é: pra que?

Sim, eu posso gozar com você, mas pra que? Só pelo prazer de gozar? Mas existem tantas outras formas pra eu gozar que não me desgastam tanto, ao contrário, me preenchem.

E não digo pra você não gozar assim, até porque entendo esse seu prazer, só não o quero mais. E sinto medo desse não querer, porque ainda não estou certa dessa coisa que ainda abstratamente quero.

Ao mesmo tempo que me acho na negação, em descobrir o que não quero, isso ainda também significa aceitar um rótulo (pras coisas que nego, o que elas fazem ou fariam de mim) e talvez seja isso que ainda me incomode e me afaste de quem sabe tentar olhar mais de perto e me experimentar ali.

Talvez o problema seja levar tudo à sério, levar a si mesmo e a vida tão à sério. Dar valor é uma coisa, levar à sério é outra e que não quero, pois é pesado... fazemos ser.

O problema é que talvez ainda precisemos da desculpa dos estímulos para justificar o que queremos sem precisar, como se a culpa ainda fosse do outro de eu querer tanto consumir e me perder do meu essencial. Mas há quanto tempo o homem busca formas de se perder? de fugir de si mesmo? e depois de se achar.. e assim vai? E por que isso ainda gera tanta culpa, tanta crise em nós? Tanto medo? Tanta necessidade de desculpas?

Somos tão bobos, tão estranhos...

terça-feira, 26 de março de 2013

What part?

He has ever denied so vehemently to play any part in that lame theater that he has never lived any real emotion in his whole life.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aterrissagem

E depois de algumas tentativas frustradas e de muita turbulência na descida, ela finalmente aterrissa e pega o caminho de casa. Um alívio que buscava há dias. Mesmo que por pouco tempo, estar em terra firme faz um bem imenso e dá forças pro próximo vôo...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Você tem medo de que?

"Quem vence o medo encontra a paz"

É sempre bom nos lembrarmos como nossos medos nos moldam, moldam nossas escolhas, nossas desistências e nossas lutas... nossos desenganos e nossas reconstruções. Aliás, deve ser por esse tema que eu tenho ouvido tanto Construção, de Chico Buarque...

Eu li essa frase aí num livrinho besta que estava lendo pra passar o tempo, mas que me fez lembrar de uma coisa tão essencial como essa. E me fez pensar em mais algumas coisas:

- Se o equilíbrio (na minha opinião, e de mais muita gente) está em transitar entre polos (Yin e Yang, em todos os possíveis sentidos), se o equilíbrio está no movimento, num estado de mudança constante; nosso foco deve ser exatamente em como lidar com essas transformações e fazê-las cada vez com mais serenidade, menos medo (do novo, do desconhecido). Ter mais confiança em mim mesma e no fluir do universo, deixar acontecer e aproveitar o processo.. não é essa a única forma que conheço de estar de bem com a vida? Por que ainda me perco tanto e esqueço disso quando mais preciso?

- O erro que cometo com alguma frequência, ainda, é me deixar abalar pelo desequilíbrio do outro e esperar alguma atitude diferente desse outro. É tirar o foco de mim como base do meu equilíbrio, que quem sabe pode gerar alguma inspiração no outro e até ajudá-lo a se equilibrar também, numa cadeia positiva de influências... mas não deixar o contrário acontecer, me preservar sempre que necessário, enquanto ainda sou tão aprendiz desse estado de serenidade.

Talvez eu deva ter menos medo de me isolar quando preciso e de deixar de querer ser o centro das atenções. Eu devo ser o foco só meu, saber da minha força, me fortalecer sempre, mas sem querer provar nada ou me mostrar para ninguém, nem mesmo esperar o mesmo processo de ninguém. Se os laços se fortalecem ou se esmorecem é uma questão apenas dos ciclos da vida, que não temos como parar ou controlar, apenas fazer nossa parte... enfim... algo assim.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Interditada

Às vezes o único sentimento genuíno que eu tenho é que devia ser interditada, colocada longe de todos e de qualquer comunicação.. até que eu me acalme, que eu recupere minha clareza mental..

A única que pode fazer isso sou eu mesma... então eu só posso sair pra andar quilômetros, virar o Forest Gump... colocar as coisas no lugar nessa cabeça louca, o que às vezes leva muito mais tempo do que eu gostaria.

Acho irritante perceber como eu adoro me colocar em situações novas, diferentes, de experimentar e me entregar, mas como é difícil pra mim lidar com essas quebras de parâmetros.. e eu fico louca, desnorteada, apavorando todos ao meu redor com meus questionamentos e indecisões... parou né?

Pedaços de lembranças de um fim

...dificil dar certo com tanta descrença no mundo e nas coisas..


...mas ok, eu achei que era mais um degrau do nosso aprendizado..

...enfim, essa perspectiva de tudo o que sonhamos como ideal e perfeito ser tão distante e dificil broxou a gente.. mas mesmo assim, me parecia que estaríamos juntos pra sempre pra sonhar e se frustar não eh? doía ver q a gente se amava tanto, fazia tanto um pelo outro e isso não seria suficiente para termos a vida que realmente queríamos ter..


...sem planejamento a gente quebra a cara e se fode.. e acabamos perdendo o que queríamos conquistar...


Difícil lidar com isso tudo e ver seu fracasso na cara do outro... dói olhar pra quem você queria ganhar vendo que fez tanto pra perder...
 




Multidões em mim


Me sinto tão assim, essencialmente:

"Contradigo-me?
Pois bem, contradigo-me!
Sou amplo,
contenho multidões."

Walt Withman

quinta-feira, 14 de março de 2013

Carlos Drummond de Andrade

Me deparei com esse poema, que é novo para mim, mas muito me agradou:


A HORA DO CANSAÇO

As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.

Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

terça-feira, 12 de março de 2013

De repente

E de repente acaba... passa... se esvai... numa ausência.. num vazio... num espaço... numa vaga... no mistério... no desejo... no novo.. de novo.. de repente...

Eu Brasileira

Acho que brasileiro, no geral, tem uma síndrome de rebaixamento. Parece que ser bom é uma agressão ao próximo... e dá-lhe bulling desde cedo. E dá-lhe medo de se sobressair. E dá-lhe o auto-rebaixamento de atividade mental e em tantas esferas da vida.

Parece que europeus cada um no seu país (e isso é na minha estreita visão e interpretação e generalizando muuuito), estão estagnados em uma auto-avaliação de "somos ótimos", somos os conquistadores, o inicio e o centro cultural. Algo assim... que de certa forma é melhor, mas de outra acabam se fazendo fechados pra tanta coisa que está ao lado ou na cara deles.

Os naturais dos Estados Unidos (aguardo um termo mais apropriado ainda para "americanos" ou "norte-americanos") me parecem (aqui bem de longe) obsecados de alguma forma pela auto-ajuda, por explorar seu melhor o tempo todo e ser uma estrela, quase que uma obrigação de super-auto-conhecimento e super-poderes. O que imagino ser cansativo também...

A minha esperança era o brasileiro entender suas virtudes e as explorar, em sua mais vasta diversidade e riqueza.. e então conseguir entender, aceitar e "formatar" suas identidades regionais, sua identidade como nação, em caos criativo. Mas às vezes acho que estamos bem longe disso... e ainda assim busco manter a esperança, espero ela voltar observando o mundo em busca de sinais de que tem gente indo pro "caminho da luz", tipo um iluminismo dos ogros.. hahahahaha.. exagerei né? enfiimm... são só pensamentos besta que me ocorrem o tempo inteiro, nessa mente que não pára de funcionar...

Resumindo o meu sentimento, meu mesmo, como uma mulher de 30 anos, brasileira, buscando fazer algo da própria vida, hoje:

Parar de ter medo de buscar ser realmente excepcional em tudo o que se faz também confere tanto mais leveza às descobertas do que se é ruim ou medíocre.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Traveling


It's not that I'm not afraid or I don't suffer...
It's just that I can stad the pain and face the fear!