sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Wondering you

I´m so pretty cause i´m loving you
I´m shiny but i´m still felling blue

I miss you so, couldn´t say
For too long how could I´ve stayed

Apart wondering you hard
Now i´m coming back to restart

Take me sweet into your embrace
And treat me right so I can stay

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Presente fim

A vida pode sim
conter muitos presentes
numa linha sucessiva
de histórias tão diferentes

Mas se engana quem pensa
que a vida é looonga
Se ela é só o presente
sempre prestes ao fim.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A arte de viajar

Não quero ir pra muito longe
mas quero estar sempre fora
do lugar, no ar

Quero viajar
me libertar de tantos medos
e me entregar, voar

Por todo lugar
de alguma forma vou estar
aqui, num grande devanear

Pulo alto, subo um passo
desço rápido ou devagar
num divertido deslizar

Vou e volto, fico um pouco
crio imensidões, observo
e então me enrolo em caracol

Me esquivo, estremeço
pago o preço com coragem
venço, envelheço e durmo sob o sol

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Presente


Assim eu queria viver o presente
sem sentir uma ansiedade de medos
de estar estagnada
de estar resignada

Sem tanta insegurança
porque estou envelhecendo
porque sou isso de menos
ou aquilo demais...

Sem me achar uma adolescente
porque me apaixonei
porque não sei ainda lidar com isso
porque eu faço tudo errado

Sem me achar burra demais
porque falei bobagem
porque não estudei tanto
porque não me destaquei tanto

Aceitação
como isso é difícil, nossa
sempre alguma coisa puxa seu tapete
e lá está você no chão de novo

Só que cada vez você tem que achar
o jeito específico de levantar
diferente de todos anteriores
apesar de com maior sabedoria a cada um.

Viver o presente sem medo
assim eu queria ser, simplesmente
existir e amar
dançar, dançar e dançar...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sem controle

Engraçado, ou irônico, não sei...

Há dois anos minha vida estava caótica. Tudo dando errado, tristeza, fracassos, frustrações imensas... passei por uma fase bem ruim, que durou uns bons meses. Então veio uma paz, aos poucos, depois de reflexões, reorganizações mentais e sentimentais e mais sofrimento. Comecei a me perdoar, me aceitar, me conhecer melhor. Comecei a me sentir tão bem, me reestruturando, pude começar a entender os outros e a ser mais generosa com eles e comigo mesma. Comecei...

Sim, mas o problema é que as fases passam, independente de... Hoje, apesar de estar bem, percebo que algo fundamental se perdeu e eu não sei resgatar.. ou será que eu cheguei em um ponto que eu travei e simplesmente não consigo entender e mudar?

Porém, o mais irônico é que apesar de não resgatar o que gostaria, vez ou outra retomo quase como se eu entrasse num túnel do tempo, retomo sentimentos profundos que vivi em alguma situação remota. Talvez estranho seja um adjetivo melhor para me descrever, do que engraçado ou irônico. Ou mesmo "sem controle", porque parece que eu não controlo nada mesmo, ou quase nada. E essa situação passiva me angustia, a falta do poder de controlar, como se o tivesse feito antes. Por um lado é bom não tentar mais sempre controlar a vida e as escolhas alheias, mas as minhas? Poxa, dessas eu não deveria ser o sujeito?

Tudo bem, eu sou responsável por minhas escolhas, mas o que elas geram eu não faço nunca ideia e sempre me surpreendo... e nem sempre pra bem. Às vezes o máximo que posso fazer pra não fazer m%$#@ é ficar calado, mas não sentir um grande irritamento vez ou outra é ainda muito difícil, infelizmente.

Outro dia quis me desculpar por uma colocação ingrata que fiz à uma colega de trabalho, de quem gosto. Sabe quando você junta ideias de forma infeliz e percebe que caiu mal, mas aí já foi? Aí você tenta melhorar, porque não era mesmo pra ofender ninguém, mas nunca adianta... e fica aquele clima... um tempo... Que chato.. ô boca!...

E é então que vou ficando mais calado e também cada vez mais sensível. Não que as escorregadas dos outros me magoem como as minhas parecem fazer; mas eu me abalo mais com mau-humor alheio, patadas ou simplesmente maldade mesmo. Sempre me pergunto por que o ser humano gosta tanto de simplesmente ser cruel com o outro. Pra não se sentir um lixo sozinho? Pra achar que manda? Que é sim superior e especial?... É perverso, e só isso! E o que mais me assusta é perceber que crianças aprendem isso bem jovens, claramente imitando atitudes dos pais, coleguinhas, professores. Isso me assunta de verdade!

Mas ruim mesmo é essa atitude de querer ser superior e mostrar isso de todas as formas. Olha como eu sou inteligente, culto, f#$@! Ah, ta... nossa, mais um fazendo isso? Olha como eu sou uma pessoa crítica e critico todo mundo, o mundo todo? Ah, ta.. como você é infeliz né? Ando cansado dessa baboseira toda! A minha e a dos outros! Chega?! Coisa difícil que é lidar com tudo o que a vida pede da gente né? Difícil admitir que não está dando conta mais de levar a vida de forma completamente vazia?! Perceber que se perdeu no caminho, e agora? Será que eu começo uma crise histérica ególatra pra tentar acreditar em mim mesmo de novo?

Só um minuto que vou ali me olhar no espelho atenciosamente e criticamente, da mesma forma como já fiz gente chorar só de me olhar, e já volto...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Rosa encanto

Ques rodas terão de girar
e onde estarei quando chegar
o amarelo do outono
a tornar rosa as nuvens brancas?

Se choras no inverno
e teus olhos soluçam saudades
Saiba que o dia ainda há de chegar
em abraços nós seremos a felicidade

O moinho nos trará a água
lavará a alma e trará mais calma
No pomar comeremos as maças
e em nosso leito só se fará dançar!

3.5.11

domingo, 23 de outubro de 2011

Fim

- Me desculpa!? Eu não queria ter dito aquilo. Ao menos não daquele jeito... O que está acontecendo, por que isso tudo?
- Não sei...
- E se...
- Pode ser...
- Mas...
- É...
- E agora?
- Melhor nos separarmos né?
- Talvez, mas eu te amo tanto...
- Eu também, mas cansei de promessas e erros repetidos...
- Também cansei dessa repetição...
- Foi muito bom, obrigada!
- Foi incrível! Obrigada!
- Vou sentir sua falta...
- Eu já sinto a sua há um tempo...
- Enfim, é isso... a gente se fala...
- Sim, espero que sim... Te amo!
- Te amo!

Praça Tiradentes

Sentada no banco
fala ao celular
com Deus e ninguém

Sketches

A gata se esquivou, fez charme, miou.. e então gritou pedindo algo que eu não compreendia, se massageando com lascívia no chão. Eu parado fumando um cigarro olhando pra ela pensei: comida, água, um lar, vez ou outra um afago, o que mais pode querer um gato?
Então pensei logo: liberdade! Abri a porta da casa e ela correu, pulou no muro, parou um instante e me olhou agradecida. Então se perdeu em uma noite que imagino de muitas emoções. A primeira de muitas, pois isso se tornou um hábito nosso. O que fez a relação muito melhor pra ambos, devo dizer.

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A cruz devia acalmá-lo, mas o deixava ainda mais angustiado. Como facilitaria acreditar que o messias veio salvá-lo. A responsabilidade sobre a própria vida é algo bastante doloroso de se aprender. Fazer tudo certo é impossível e às vezes o preço dos erros é obsceno, mas é assim que é né?
- Ave Maria, pai nosso, me ajuda a decidir o que é melhor pra me justificar a existência nesse mundo de decomposição!
Às vezes sou um nada, às vezes uma carga por demais pesada numa maldita encruzilhada...
Aqui não nos é dito que de louco e médico todos temos um pouco, acho que geraria uma confusão tremenda, melhor manter a hierarquia, essa hipocrisia insana dos que se acham melhor porque sabem contar até um milhão.
Eu acredito sim, na paixão que nos guia à criação de mundos melhores possíveis na ilusão. Tão boa a liberdade da diversão, da curiosidade, do diferente...
- Vem seu filho da puta! Deixa a mamãe te ensinar que o mundo não é brincadeira e que o tempo corre! Rápido! Vem se trocar e almoçar!
É uma piada mesmo, me ensinaram a ser honesto! Trouxa! Pra me chocar com a ignorância de quem paga as minhas contas!? E eu que sou louco por me revoltar? E alguém aqui tem alguma boa explicação pra tanto absurdo???

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O que me angustia é essa roleta russa de imagens e sentimentos que me acomete no meio do meu caminho. O barulho das folhas secas que eu estava pisando há pouco de repente se transforma em uma conversa que tento achar o significado. Começo uma incursão por memórias confusas sem nenhum coelho branco pra me guiar... Só pessoas desconexas que agora estão juntas.
Como pode acontecimentos te transformarem tantas vezes numa só vida!?
Eu simplesmente cansei de tentar distinguir o presente dos meus sonhos e devaneios. Vou tentando aprender com o que vivo. O problema é a frequência que me vejo completamente fora do ar ultimamente.

Madrugada

O brilho prateado do seu olhar sobre mim era dissimulado pela penumbra e a fumaça...
Desejo e certa arrogância me enfeitiçaram num torpor lânguido, por tempo que não sei dizer. Talvez porque ainda não tenha voltado a mim.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Relembrando

(MAR.2010)
...agora vou pra Araxá passar um tempo, esfriar a cabeça e tentar acabar de aprender que com ansiedade nao se chega a lugar nenhum que seja bom, que sem plenejamento a gente quebra a cara e se fode.. e acabamos perdendo o que queríamos tanto conquistar... Medo, ansiedade, cansaço, impotência.. dificil lidar com isso tudo e ver seu fracasso na cara do outro... doi olhar pra quem vc queria ganhar vendo que fez tanto pra perder...

Ando pensando o que eu aprendi sobre mim mesma e sobre o mundo desde que estou aqui... Sobre como encarar meus erros no espelho ou no outro... Tenho relembrado algumas experiências agora com certo distanciamento, enquanto planejo meus próximos passos.
Então me deparei com um email longo que escrevi e nunca enviei, e no meio tinha essa reflexão que coloquei aí em cima.
Realmente difícil lidar com perdas, medos, ansiedades e a falta de controle. Mas sigo aprendendo... e isso é o que vale.

Me desculpem por errar tanto.

E obrigada aos que ainda têm paciência e me ajudam tanto!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Equilíbrio?


Tentando achá-lo
entre a crítica e a chata
entre a paisagem e os prédios
entre rodas, entre passos

Entre o Barreiro e a Paulista
entre a menina e a desilusão
entre a alegria e o medo
entre carinhos e solidão

Na vontade de ir e na de ficar
na contrução e na paciência
na ruina e na perseverança
no choro e na dança

No querer e no desistir
no buscar e no desmanchar
no me importar e no me libertar
no lutar e no deixar estar...

Na queda, no salto
no abraço, no enclaustro
na pose, no espelho
na vida, no desespero

Em mim, no outro
na terra, no sonho
lá fora, em casa
agora, no devaneio

No zen, no caos
nos amigos, no passado
no meu trabalho
no meu prazer
na sua boca
na minha pele
na lua
nos olhos
na brasa
na rua

na tua vida
no meu eu
no que parece certo
no que me define

dificil
ingrato
gostoso
inato

lidando de va gar
com mistérios tamanhos
tramando a vida
da maneira que posso

agora
e agora
e agora
e agora...

terça-feira, 2 de agosto de 2011


No dia pálido
de cinzas lamentações
os movimentos soam
duros e lentos

mas um rosa doce
pinta as árvores
e o rosto de uma linda moça
que sorri para o mundo e pra mim

a melancolia que ora entristece
agora me faz chorar
de prazer e medo
numa solitária despedida

daquela menina
que tanto se iludiu,
se confundiu, errou
se questionou

e segue então forte
andando por aí observando
num deleite de descobertas
de vindas, partidas.. de vidas..

sábado, 30 de julho de 2011

Espelho


Pensando em diversas coisas, me lembrei de O Espelho, conto de Guimarães Rosa (http://tianix.wordpress.com/2008/07/29/o-espelho-guimaraes-rosa/). Recomendo!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

You have to give up


Perturbadora a certeza
de que sua ausência é melhor
que qualquer presença que possa
querer ou conseguir dar

Triste perceber
que seus acertos não mudam
os erros de outros
que não querem mudar nada

Angustiante querer sutilmente
que fosse diferente e a única saída
seja a porta da frente
levando o mínimo possível, sair.

Aliviada de sentir que isso
é cada vez mais fácil e bom
que cada superação de dor é força a mais
que me impulsiona ao fim, à liberdade

Feliz de sentir o sangue correr de novo
dissimulado e pungente em cada parte de mim
que urge por um caminho outro,
florido que eu achei por aí, tropeçando e me erguendo...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pôr do sol


São coisas assim que fazem meus olhos
se encherem de lágrimas de alegria
de prazer, de deleite..
de felicidade
de plenitude
de amor...

domingo, 19 de junho de 2011

Amor universal


Amar o mundo,
a vida
as dificuldades
e as diferenças

Amar os erros,
assim como os acertos

Amar quem te machuca
e pede desculpas
e também quem não as sabe pedir

Amar quem te ama, muito
e quem não gosta de você, o suficiente

Porque amor e respeito
são necessários juntos

Porque a vida é rara
e os grandes amigos ainda mais

A felicidade de se conseguir amar é imensa
E infelizmente não toca a todos...

Plante amor,
viva amor,
respire amor

Levante-se sorrindo
E continue sendo amor, sempre...

Vale muito mais a pena,
esteja certo disso!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Surpresas


Doces surpresas
em minas de sonhos
carinhos e bolos
cafés e olhares
biscoitos e abraços
As nuvens no alto
percorrem os mundos
distantes, mutantes
agora tão perto
lavando os telhados e
as almas serenas
que olham e sentem
o cheiro gostoso
de terra molhada
Sorrisos nas caras

sexta-feira, 11 de março de 2011

E se...

Eu fosse tão melhor do que o meu melhor...
Eu fosse bem menos egoísta...
Eu assumisse sempre a culpa...
E assim fosse dona dos meus atos e meu destino...

E se eu não precisasse repetir tanto os erros?
E parasse de machucar quem me ama
E aceitasse que todos são tão imperfeitos, como eu
E que o mínimo que eu lhes devo é respeito!

Talvez não corressem tantas lágrimas de meus olhos
Ou eu não fizesse tanto drama desnecessário
Ou até ajudaria alguém a ser mais feliz
E me sentiria também feliz e mais leve...

E se eu conseguisse mesmo ser mais generosa?
E se eu conseguisse mesmo ser mais focada e organizada
E meu caminho se tornasse menos tumultuado!?
E se eu falasse e pensasse menos EU!?

E se isso começasse agora!?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Entre devaneios

Dentre ideias desconexas
devaneios dão sentido
a novos conceitos que surgem
sem grandes pretensões,
porém gerando grandes transformações.

As revoluções internas aos poucos
vão se tornando visíveis em meu rosto,
minha fala, minhas mãos.
Meus olhos se fecham cansados,
mas é então que minha mente mais trabalha,
enquanto meu corpo descansa.

Feridas vão sendo curadas,
rancores antigos retornam me dando a chance
de superá-los com novas interpretações.
De caos surge leveza,
de dores surgem epifanias,
de tantos erros começam a surgir acertos.
De recaídas me recrio,
me alegro, me elevo
me transmuto em novo eu.


Rio Preto – Araxá 9/03/11
(Imagem retirada da internet: Plutão - na Astrologia é um símbolo de transformação, está associado à regeneração e representação da vida, morte e renovação.)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Monstros

Quadrúpede com asas
errando pela madrugada
grunindo suas dores
com fome de desgraça

Destrói lares
dizima a população sem dó
com garras maldosas e
seu veneno fatal

Segue conquistando espaços
se impondo da pior forma,
até encontrar um novo herói
que o enfrenta bravamente...
e vence!

E ao fincar sua espada de ouro no animal
este torna-se humano
fragilizado, confuso
não se reconhecendo capaz de tanta maldade
e, de fato, não o é!

(Escrito em Agosto de 2010)

Reprogramando


Reprogramando a vida, planejando treinos, fazendo e realizando projetos, vivendo sonhos cada vez com mais frequência... pensando em como fazer bem não só para mim mas para o mundo... Tentando dominar o mundo, sempre!

Duas perguntas importantes que venho tentando responder, por Chris Gillebeau (Art of Non-Conformity):

#1: O que você quer tirar da vida?
#2: O que você pode oferecer ao mundo que ninguém mais pode?

Tenho pensado muito se concordo que existe alguma coisa que apenas eu poderia oferecer ao mundo...

Foto: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Serra_da_Canastra.jpg

domingo, 23 de janeiro de 2011

Porco-espinho


No meio do caminho tinha um porco-espinho... uma graaaça!!!
Por isso que é bom andar no mato.
=D

(Foto: Fredy Guerra)