quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Familia


As rugas de minha mãe
marcam fundo meu rosto
As atitudes firmes de minha avó
eu as tomo diariamente

Tanto trabalho sujo
tantos enterros e exumações
qua arranco à força
de cada uma delas

Que dormem quase em paz
enquanto minha insônia
me consome frequentemente
e cria uma quase-arte doída

Mas agora eu quero paz
pra ser feliz, ao menos tentar
ser dona de minhas decisões
dar à luz ao meu melhor

Por que te dão a vida
e cobram tão caro por isso?
Injusto demais esse termo
pesada demais a missão

Desisto de fingir, de buscar
quem eu não serei nunca
Desisto de fugir de mim
de me perder, sem antes me encontrar.

Quem és tu?
Quem sou eu?
Essas pupilas dilatadas
A alma azul, pesada

Não posso terminar nessa estrada
Era pra ser fácil viver aqui?
Tornar leve tanta dor?
De onde tirar o que tanto preciso, amor?

É minha escolha sair desse mundo
da melhor forma
Desbravando curiosa, corajosa
algo novo, tão íntimo.

2 comentários:

  1. demais não é junto? DEMAIS? ali em cima tá separado!!

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  2. Vc tem toda razão querido Lucas!! Arrumando já!! Nem tinha visto.. Valeu!
    Que bom q vc lê meus posts! Eh!!
    Beijo

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