sexta-feira, 23 de julho de 2010
Redenção
A loucura bate à porta,
espia pelas frestas
velhas e novas
e eu vou cansando de tentar
me convencer
de que é melhor não deixá-la entrar
É inútil tentar controlar
todos os esconderijos que existem
dentro ou fora da casa
que nunca foi nem tão segura,
nem tão livre
Entra, sinta-se à vontade
pra dominar
minhas palavras, ações.. meu coração
que às vezes inverte os papéis com minha mente
e uma morte fica à espreita, no escuro
Quem perturba?
Quem ousa me atrapalhar?
Estou só, me alimentando de alma,
de hipotálamo, de epitáfios.. de concreto
E o desejo abstrato de salvação
parece que o encontrarei
num jardim bonito
de uma clinica
verde, igual ao metrô em São Paulo
vivendo no subsolo
virando adubo
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