Não sei o que veio primeiro, as raízes ou as asas?
Não sei em que ordem elas cresceram em mim...
Será que cresceram? Será que na mesma medida?
Não... não são do mesmo tamanho...
As asas sempre foram maiores ou mais fortes que as raízes.
Os pássaros fazem ninhos, temporários
Os elefantes têm/são casas, itinerantes
E eu, por que não poderia ser "errante"?
E articular os meus caminhos, retificando a rota
De tempos em tempos, de sonho em sonho?
Será que as estrofes de cinco versos me contam algum padrão meu?
Seria de cinco dias, cinco meses, cinco anos,
A duração dos meus ciclos de transmutação?
De passarinho a elefante, de gato preto a carcará
De pedra a fogo, vento e barco a navegar?
Meu território se espalha, expande os horizontes
Minhas formas ganham cores e funções inovadoras
Por vezes assustadoras, outras, acolhedoras
Articulam tempo e espaço do avesso e remam, voam
Enterram cada versão em chão fértil e se vão
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