terça-feira, 26 de março de 2013

What part?

He has ever denied so vehemently to play any part in that lame theater that he has never lived any real emotion in his whole life.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aterrissagem

E depois de algumas tentativas frustradas e de muita turbulência na descida, ela finalmente aterrissa e pega o caminho de casa. Um alívio que buscava há dias. Mesmo que por pouco tempo, estar em terra firme faz um bem imenso e dá forças pro próximo vôo...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Você tem medo de que?

"Quem vence o medo encontra a paz"

É sempre bom nos lembrarmos como nossos medos nos moldam, moldam nossas escolhas, nossas desistências e nossas lutas... nossos desenganos e nossas reconstruções. Aliás, deve ser por esse tema que eu tenho ouvido tanto Construção, de Chico Buarque...

Eu li essa frase aí num livrinho besta que estava lendo pra passar o tempo, mas que me fez lembrar de uma coisa tão essencial como essa. E me fez pensar em mais algumas coisas:

- Se o equilíbrio (na minha opinião, e de mais muita gente) está em transitar entre polos (Yin e Yang, em todos os possíveis sentidos), se o equilíbrio está no movimento, num estado de mudança constante; nosso foco deve ser exatamente em como lidar com essas transformações e fazê-las cada vez com mais serenidade, menos medo (do novo, do desconhecido). Ter mais confiança em mim mesma e no fluir do universo, deixar acontecer e aproveitar o processo.. não é essa a única forma que conheço de estar de bem com a vida? Por que ainda me perco tanto e esqueço disso quando mais preciso?

- O erro que cometo com alguma frequência, ainda, é me deixar abalar pelo desequilíbrio do outro e esperar alguma atitude diferente desse outro. É tirar o foco de mim como base do meu equilíbrio, que quem sabe pode gerar alguma inspiração no outro e até ajudá-lo a se equilibrar também, numa cadeia positiva de influências... mas não deixar o contrário acontecer, me preservar sempre que necessário, enquanto ainda sou tão aprendiz desse estado de serenidade.

Talvez eu deva ter menos medo de me isolar quando preciso e de deixar de querer ser o centro das atenções. Eu devo ser o foco só meu, saber da minha força, me fortalecer sempre, mas sem querer provar nada ou me mostrar para ninguém, nem mesmo esperar o mesmo processo de ninguém. Se os laços se fortalecem ou se esmorecem é uma questão apenas dos ciclos da vida, que não temos como parar ou controlar, apenas fazer nossa parte... enfim... algo assim.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Interditada

Às vezes o único sentimento genuíno que eu tenho é que devia ser interditada, colocada longe de todos e de qualquer comunicação.. até que eu me acalme, que eu recupere minha clareza mental..

A única que pode fazer isso sou eu mesma... então eu só posso sair pra andar quilômetros, virar o Forest Gump... colocar as coisas no lugar nessa cabeça louca, o que às vezes leva muito mais tempo do que eu gostaria.

Acho irritante perceber como eu adoro me colocar em situações novas, diferentes, de experimentar e me entregar, mas como é difícil pra mim lidar com essas quebras de parâmetros.. e eu fico louca, desnorteada, apavorando todos ao meu redor com meus questionamentos e indecisões... parou né?

Pedaços de lembranças de um fim

...dificil dar certo com tanta descrença no mundo e nas coisas..


...mas ok, eu achei que era mais um degrau do nosso aprendizado..

...enfim, essa perspectiva de tudo o que sonhamos como ideal e perfeito ser tão distante e dificil broxou a gente.. mas mesmo assim, me parecia que estaríamos juntos pra sempre pra sonhar e se frustar não eh? doía ver q a gente se amava tanto, fazia tanto um pelo outro e isso não seria suficiente para termos a vida que realmente queríamos ter..


...sem planejamento a gente quebra a cara e se fode.. e acabamos perdendo o que queríamos conquistar...


Difícil lidar com isso tudo e ver seu fracasso na cara do outro... dói olhar pra quem você queria ganhar vendo que fez tanto pra perder...
 




Multidões em mim


Me sinto tão assim, essencialmente:

"Contradigo-me?
Pois bem, contradigo-me!
Sou amplo,
contenho multidões."

Walt Withman

quinta-feira, 14 de março de 2013

Carlos Drummond de Andrade

Me deparei com esse poema, que é novo para mim, mas muito me agradou:


A HORA DO CANSAÇO

As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.

Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

terça-feira, 12 de março de 2013

De repente

E de repente acaba... passa... se esvai... numa ausência.. num vazio... num espaço... numa vaga... no mistério... no desejo... no novo.. de novo.. de repente...

Eu Brasileira

Acho que brasileiro, no geral, tem uma síndrome de rebaixamento. Parece que ser bom é uma agressão ao próximo... e dá-lhe bulling desde cedo. E dá-lhe medo de se sobressair. E dá-lhe o auto-rebaixamento de atividade mental e em tantas esferas da vida.

Parece que europeus cada um no seu país (e isso é na minha estreita visão e interpretação e generalizando muuuito), estão estagnados em uma auto-avaliação de "somos ótimos", somos os conquistadores, o inicio e o centro cultural. Algo assim... que de certa forma é melhor, mas de outra acabam se fazendo fechados pra tanta coisa que está ao lado ou na cara deles.

Os naturais dos Estados Unidos (aguardo um termo mais apropriado ainda para "americanos" ou "norte-americanos") me parecem (aqui bem de longe) obsecados de alguma forma pela auto-ajuda, por explorar seu melhor o tempo todo e ser uma estrela, quase que uma obrigação de super-auto-conhecimento e super-poderes. O que imagino ser cansativo também...

A minha esperança era o brasileiro entender suas virtudes e as explorar, em sua mais vasta diversidade e riqueza.. e então conseguir entender, aceitar e "formatar" suas identidades regionais, sua identidade como nação, em caos criativo. Mas às vezes acho que estamos bem longe disso... e ainda assim busco manter a esperança, espero ela voltar observando o mundo em busca de sinais de que tem gente indo pro "caminho da luz", tipo um iluminismo dos ogros.. hahahahaha.. exagerei né? enfiimm... são só pensamentos besta que me ocorrem o tempo inteiro, nessa mente que não pára de funcionar...

Resumindo o meu sentimento, meu mesmo, como uma mulher de 30 anos, brasileira, buscando fazer algo da própria vida, hoje:

Parar de ter medo de buscar ser realmente excepcional em tudo o que se faz também confere tanto mais leveza às descobertas do que se é ruim ou medíocre.