quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Equilíbrio?


Tentando achá-lo
entre a crítica e a chata
entre a paisagem e os prédios
entre rodas, entre passos

Entre o Barreiro e a Paulista
entre a menina e a desilusão
entre a alegria e o medo
entre carinhos e solidão

Na vontade de ir e na de ficar
na contrução e na paciência
na ruina e na perseverança
no choro e na dança

No querer e no desistir
no buscar e no desmanchar
no me importar e no me libertar
no lutar e no deixar estar...

Na queda, no salto
no abraço, no enclaustro
na pose, no espelho
na vida, no desespero

Em mim, no outro
na terra, no sonho
lá fora, em casa
agora, no devaneio

No zen, no caos
nos amigos, no passado
no meu trabalho
no meu prazer
na sua boca
na minha pele
na lua
nos olhos
na brasa
na rua

na tua vida
no meu eu
no que parece certo
no que me define

dificil
ingrato
gostoso
inato

lidando de va gar
com mistérios tamanhos
tramando a vida
da maneira que posso

agora
e agora
e agora
e agora...

terça-feira, 2 de agosto de 2011


No dia pálido
de cinzas lamentações
os movimentos soam
duros e lentos

mas um rosa doce
pinta as árvores
e o rosto de uma linda moça
que sorri para o mundo e pra mim

a melancolia que ora entristece
agora me faz chorar
de prazer e medo
numa solitária despedida

daquela menina
que tanto se iludiu,
se confundiu, errou
se questionou

e segue então forte
andando por aí observando
num deleite de descobertas
de vindas, partidas.. de vidas..